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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

segunda-feira, 3 de junho de 2013

sobre ser uma ilha;



Semana passada conversei com a Franci. Depois de meses. Hans, eu tenho passado tanto tempo dentro, que não tenho deixado mais ninguém entrar, entende? Mesmo aquelas que eu achava que já tinha sido inclusas. Ah, eu realmente deveria saber que não funciona dessa forma comigo. É engraçado olhar para trás e ver que melhorei na questão de socialização, e também piorei completamente. Funciona mais ou menos assim: “É fácil socializar? É claro que é! Mas eu não quero.”
 
E é doentio, você sabe. Daí me pego pensando... será que é realmente doentio? Será que me transformar em alguém mais... sociável... é o que devo fazer? Ah, Hans... Você consegue imaginar isso? De verdade? Não acredito. Não consigo ver, e se eu não conseguir ver... Não acontecerá, você sabe. Mas enfim, depois de algumas linhas de conversa com a Franci, ela disse: “Cuidado para não se tornar insensível demais.” (ou algo assim, preguiça de abrir o histórico nesse momento). E é verdade. Quanto mais eu deixo as pessoas fora, mais insensível eu fico. Eu não sinto, Hans. E eu tenho Netuno na 1, eu sou um portal e carrego ‘toda a dor do mundo’. E não sinto nada (mas me sinto bem, obrigada por perguntar.)

O problema – ou não – é que sempre foi muito fácil estar sozinha, não precisar estar com outros. E é cada vez mais fácil... 

Mas até que ponto?
Todo mundo precisa de todo mundo, Hans.
Não dá pra ser uma ilha pra sempre.


Um comentário:

  1. Nadei da minha ilha até a sua só pra dizer que sinto as mesmas coisas.
    Desativei a conta do facebook pra estudar pra um concurso (que acontece em julho) mas estou pensando seriamente em não voltar.
    E não sinto falta. Não é aquele tipo de "relacionamento" que eu desejo ter com as pessoas, e, na verdade, aquilo não passa de um reflexo do que no fim é a maioria dos relacionamentos que temos com as pessoas.
    Talvez seja de fato doentio, ou um pouco antissocial... Mas sabe, Carolis, fico pensando - às vezes - que minhas tentativas de relacionamento estão fadadas ao insucesso de desejar quietude. Porque se não for extraordinário o tempo todo, eu me basto.
    É ruim... E beira uma "depressão tácita", digamos assim, pra exagerar nos termos. Mas eu prefiro, quase sempre.

    Enfim. Bom ter você pra ler e se identificar.

    Estou no e-mail de costume: (cau.geremias@gmail) e, se por acaso se corresponder à moda antiga (cartas eletrônicas? vintage? retrógrado? original? avant garde?) lhe agrade, mande notícias por lá =) Vou adorar.

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