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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

sobre todos estarem morrendo;

Hans, Hans, Hans. Estão todos morrendo, Hans. O que vamos fazer? Continuar vivendo, eu sei, e esperar chegar nossa vez, é isso? Meu pai disse que está escrito - MAKTUB! - na Bíblia, que chegaria um tempo em que os vivos invejariam os mortos. Essa semana tivemos várias mortes. Duas por acidente, outra por doença. As de doença o tempo é prolongado e sofrível demais. Quando finalmente o beijo da morte chega, a família, por mais desamparada que se sinta, entende que 'foi melhor assim'. Apesar de nunca ser. 

Eu acredito na vida eterna, Hans. Mas mesmo acreditando com todas as minhas forças, não posso concordar que 'foi melhor assim', nesse caso. A gente sempre diz isso, mas no fundo queríamos mesmo era que a pessoa estivesse ali, viva, saudável, feliz. Nunca 'é melhor assim', apenas entendemos - de forma torta - que não havia nada mais a ser feito. E assim nos consolamos por que a doença estava comendo a pessoa viva. 

Mas acidente, Hans? Acidente é mais dolorido, é mais repentino, é uma vida tirada de forma trágica, sem que ninguém esperasse por ela. E os planos? E a família? O que acontece com os vivos, daí? Como continuar vivendo, simplesmente? 

C.G.

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