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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

domingo, 18 de novembro de 2012

sobre quando outras pessoas te entendem;

Lembra Hans, do motivo que me fez iniciar tudo isso aqui? Ele passou, assim como muitas coisas nesse último ano, mas às vezes... Ainda sinto essa necessidade absurda de tentar explicar - ou entender - como ele pôde passar. E hoje - quase sem querer - encontrei um texto - ou uma carta? - que diz tudo. Transcrevo-a aqui, por que ela precisa ficar guardada, para eu sempre poder reler e lembrar o porquê.

O amor morreu
 
   Depois dos nossos infernos e das nossas tempestades, o que não foi carregado virou destroço de uma vida que um dia foi bonita. Nada mais parece que me cabe além dessa distância enorme que se instalou nas nossas lacunas. Os piores quilômetros são aqueles que a gente não quer ultrapassar pra não fazer esforço algum e o comodismo é o mal do século – essa doença deslocada que se apoderou do nosso desejo de ser feliz. Eu não sei mais o que imaginar.
   Faz tempo que não te escrevo. Faz tempo que as minhas cartas não tem endereço e não há quase nada que me interesse. Acho que me faltam essas coisas que as pessoas chamam de emoção e saudade e dor e solidão. Não sinto nada disso, nada parecido com tudo o que a gente tem que sentir. Ninguém sabe, mas só sofrendo é que dá pra ter felicidade – senão a vida é só um passeio tedioso e mal degustado.
   Percebi que não podia mais há três dias, quando você chegou em casa e eu nem liguei se era lá fora ou aqui dentro. Fiquei monologando dentro da minha cabeça porque me senti a pessoa mais assustada e despreparada do mundo. A gente não devia ser infeliz dentro do próprio corpo, então eu tive medo e reparei no meu remorso. E na minha falta e no meu vazio e na minha ausência. Nada mais poderia ter sido mais importante.
   Em algum lugar eu parei de te precisar – deixei de querer te precisar. Pior do que não sentir é não querer nem um pequeno pedaço daquilo ou daquele que, no caso, é você. Mas não me entenda mal, porque sei que você também já não partilha aquele antigo sentimento caloroso e íntimo que um dia foi nosso – o que existia se esvaiu aos pouquinhos pelas nossas mãos ou corações ou seja lá o que for. Só gostaria de saber exatamente em qual esquina das nossas vidas a gente deixou de se encontrar.
   Eu preciso ir.

Do tumblr coligir.
Que sempre parece ler nas entrelinhas.
(acho que é Letícia o nome dela. Bonito, não?)
C.G.

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