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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

terça-feira, 3 de abril de 2012

sobre perturbação, ser masoquista e liberdade;

Para ser bem sincera com você, Hans, não vou nem começar essa carta com uma desculpa sobre minha ausência, afinal: Nem sei o que escrever nessa, só sei que preciso escrever, sabe? Aquela necessidade tremenda de botar no papel o que eu não consigo entender... Eu não sei o que está acontecendo aqui dentro e isso me assusta.
Normalmente todos os sentimentos me assustam, é verdade. Mas pior do que se assustar com eles é se assustar em não saber o que realmente são, se existem! Respiro fundo e me sinto dividida... Se uma parte de mim se encontra bem – versão 2012 – a outra ainda tem uma pontinha de 2011 e sofre. Mas não é algo tão terrível quanto foi – ainda bem! – mas está aqui. E me perturba.
Perturbação. Essa palavra resume tudo o que o Monstro dos meus sonhos representa para mim agora. Ele simplesmente chega e perturba meu sossego, minha felicidade, minha satisfação com a vida atual. "Quem foi que lhe deu esse direito?" me pergunto, sabendo que sou a resposta. Eu lhe dei esse direito, alguns anos atrás, mas agora o reivindico. O reivindiquei, na verdade, mas acho que uma parte de mim se sentiu estranha ao fazer isso. E mesmo ela sendo mínima, ela tem dominado todo o orgulho que senti ao fazer isso.
Você está entendendo, Hans? Eu finalmente disse as palavras que me libertariam para sempre dele, só que elas não vieram de graça: agora estou finalmente livre. E me sinto vazia. Não vazia de sentimento... Acho que é vazia de sofrimento.
Talvez seja isso, Hans! Dentro de mim existe uma masoquista, que está furiosa por ter perdido sua razão de sofrimento. Mas tudo bem, tudo bem... "Vamos todos sobreviver", é o que penso.

E vamos mesmo, não é?
C.G.

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