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a Remetente
Sabe o Grilo Falante, de Pinóquio? Talvez eu só esteja em busca da minha humanidade, e Hans seja a minha consciência gritando alto. É sempre mais fácil escrever para alguém e se você supor que a pessoa te conhece a tal ponto de compreender suas maiores loucuras e seus piores pensamentos... As palavras correm soltas. Você deveria tentar qualquer dia desses.


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Correspondências

terça-feira, 30 de agosto de 2011

sobre a falta de esperança;

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANS, oi.

Viu a trégua que te dei? Eu sei, eu sei, o combinado era não te dar trégua, mas nem sempre é possível pôr em palavras o que se passa aqui dentro, sabe? Às vezes tenho medo, na verdade. Medo de mexer em algum cantinho aqui dentro e descobrir coisas que não quero saber. É complicado, viu? Mas estou bem, Hans.

Lembra da última carta? A releia, se for o caso, mas eu estava indecisa sobre Brasília, vou, não vou, vou, não vou, poxa.. Acho que vou. E fui. Pronto. Fui e já voltei, Hans. Foi ótima a viagem, quero de novo amanhã, depois e depois. É tão bom fugir um pouco dessa realidade cinza e passar dias ensolarados por aí, aaaah Hans...

Eu sei que você está se perguntando a mesma coisa que todos se perguntam – e me perguntam! – então... Me surpreendi, Hans. Você acha mesmo que o amor pode acabar assim? Não acaba, Hans, eu teimo em acreditar que ele não acaba... Ele vai para algum outro lugar. Mas cadê, então? Cadê todo aquele sentimento que existia que não vi, nem senti, lá? Ficou só aquela dorzinha de esperança mal usada, sabe? Aquela do tipo “Poderia ter dado certo, eu acho...” só o poderia, entende? Já no passado, já descartado... Poderia ter dado certo, mas não deu. Não dará. Entende? Aonde foi parar o ‘quem sabe um dia, quem sabe?’ Sei lá, Hans, tenho medo desses sentimentos que somem assim de uma hora para outra.

OK, sei que não foi de uma hora pra outra... Foram anos de tentativas.. Uma hora eu teria que me entregar e desistir, não? Mas confesso que nunca achei que seria assim... fácil. Rápido. Indolor.

INDOLOR. Isso. Não dói Hans, não dói e eu acho estranho. Como pode não doer? Como eu pude estar de novo ‘com’ ele e não sentir? Não esperar por nada? E não me venha dizer que ‘não era amor, então’, porque você sabe... Ah, você sabe o quanto amor que era. Que é. Por que amor é pra sempre, você sabe disso. O meu só está em algum lugar perdido aqui dentro, talvez seja melhor assim, não?

Na verdade... Não é que eu não sinta AMOR. Eu sinto, senti, sentirei. Mas a esperança... É a esperança, Hans. A esperança que se foi, o ‘acreditar no futuro’ que se foi. O amor ficou, mas quem é ele sem esperança? Apenas um sentimento bom em relação à alguém. Sem esperar nada.

Eu não tenho esperado nada, Hans.
Isso me assusta.
Mas pelo menos não dói.

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